A trilha sonora da semana só pode ser o Benny Hill Theme…

Imagem do apresentador Benny Hill. Ele está de óculos, usando um quepe e um uniforme de guarda.

Tem semanas que parecem um semestre. A gente tá há duas semanas em janeiro e é cada dia um eita atrás de um vixe diferente.

Eu ainda to recolhendo os fatos sobre o Chiro, ainda mais agora que novos fatos estão se desenrolando em tempo real e eu tô meio zonza com tanta informação com os dois gatos residentes. Então logo logo sai o post, eu já voltei a escrevê-lo.

Tirando isso da frente, teve a Fernanda Torres ganhando Globo de Ouro e eu no dia seguinte, virada, lembrando que eu li dois livros do Marcelo Rubens Paiva quando era adolescente/jovem adulta. Isso vai pra um post também, porque eu desbloqueei a memória e ela não vai se esconder de novo tão cedo.

Falando em memória desbloqueada, fui num churrasco sábado passado e lembrei que isso aqui existe:

O churrasqueiro abriu o Spotify e mandou cada um colocar uma música na fila. O celular rodou umas quatro vezes. Eu coloquei Theatre of Tragedy (Der Tanz der Schatten), Ministry (N.W.O.), Raul Seixas (Tu és o MDC da minha vida) e Toy Dolls (Nellie the Elephant). Alguém colocou Clandestino do Manu Chao e eu desbloqueei até os versinhos em francês de Je ne t’aime plus:

Je ne t’aime plus, mon amour
Je ne t’aime plus, tous les jours

Parfois j’aimerais mourir tellement j’ai voulu croire
Parfois j’aimerais mourir pour ne plus rien avoir
Parfois j’aimerais mourir pour plus jamais te voir

Je ne j’aime plus, mon amour
Je ne t’aime plus, tous les jours

Parfois j’aimerais mourir tellement y’a plus d’espoir
Parfois j’aimerais mourir pour plus jamais te revoir
Parfois j’aimeris mourir pour ne plus rien savoir

Mas voltemos às duas semanas e minhas ponderações acerca dos assuntos vigentes.

Vimos uma avalanche de postagens de gente dizendo que vai voltar a pagar coisas com dinheiro e isso não faz um puto dum sentido pra quem tem pelo menos dois neurônios funcionais na cabeça. Eu já não tinha entendido a lógica quando ouvi só o tal do “vão taxar o pix” mas depois que eu me inteirei do assunto via search do Twitter essa merda fez menos sentido ainda. Daí quando eu vi o meme da taxa do cachorro misturada com monitoramento do pix em cima de uma foto do Hans Landa (do Christoph Waltz, mas vocês entenderam) eu desisti de vez. Pensei em fazer uma edição do Pink Octopus? Sim, mas eu não sou nem o Banco Central, nem o Ministro da Fazenda e muito menos o Ministro da Economia, então passo.

A próxima avalanche foi o Neil Gaiman. Eu nunca nem li nada do Neil Gaiman (não por achar ruim ou bleh, nunca me despertou interesse mesmo). Eu não vou nem tocar mais nesse assunto, só o que eu li por cima (porque nada nem ninguém vai me fazer abrir o artigo da Vulture) já me embrulhou o estômago.

Semana passada alguém descobriu que JOI era uma coisa muito pesquisada no PornHub e o BlueSky ficou o dia inteiro falando de punheta. Já no Twitter alguém vaticinou que a cultura de padaria só existe na cidade de São Paulo e eu finalmente descobri por que tem tanto urubu voando baixo aqui no bairro: eles usam suas asas potentes pra bisbilhotar os apartamentos e repassarem aos pombos o número de pães necessários para cada família; daí os pombos se encarregam depois de entregar as cestinhas de pão para casa osasquense necessitado.

Tivemos também o anúncio do cartaz de divulgação de Vitória, que conta a história de uma senhorinha que, munida de uma câmera, conseguiu denunciar um esquema de tráfico de drogas em Copacabana. O negócio foi tão tenso que ela passou o resto da vida no Programa de Proteção a Testemunhas. Quem interpreta Vitória é ninguém menos que Fernanda Montenegro – eita família, né? Anyway, já vi por aí gente achando ruim que Fernandona tá interpretando o papel de uma mulher negra, mas esses cristais de inteligência não raciocinam por um minuto que a identidade da senhorinha só foi tornada pública DEPOIS que ela faleceu, porque, né… Programa de Proteção à Testemunha e tal…  Lá vai o cartaz pra vocês verem também, eu achei ele muito, mas muito interessante.

Cartaz de divulgação do filme Vitória. Em primeiro plano, a atriz Fernanda Montenegro está segurando uma câmera de vídeo pra fora de uma persiana. A foto foi tirada de tal forma que a primeira impressão que se tem ao ver o cartaz é que a atriz está, na verdade, segurando uma arma.

Enquanto eu escrevia o alt text da imagem acima eu me perdi no Twitter DE NOVO por causa do vídeo da distinta senhora que fez NAPALM na cozinha dizendo que é ótimo pra acender o fogão a lenha e serve também, veja só você, pra remendar o telhado. Eu fico imaginando um telhado de amianto remendado com essa gororoba altamente inflamável e tóxica. Também fico imaginando o livro de receitas dessa distinta chef de cozinha.

Uma montagem tosca feita por mim sobre a capa do livro The Anarchist Cookbook. No lugar de Anarchist escrevi Napalmirinha.

O ano não tem nem quinze dias ainda e já parece que faz um ano que eu abri meu vinho espumante na varanda enquanto os fogos (de artifício, não de napalm no telhado) explodiam no céu!

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Rubens Malheiro
2 horas atrás

Força para os cats, e realmente Janeiro de 2025 ta sendo 1 ano em 1 dia com tanta coisa absurdas e também boas acontecendo. Bora!

Marcelo
1 hora atrás

Pô Lise, faltou no livro a menção às inspirações das receitas. Tudo inspirado nas culinária vietnamita com flambagem americana.

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