Uma das vantagens de uma cama box é ela não ter madeiramento pra montar. Você coloca o colchão em cima de uma caixa de madeira que tem quatro pés e pronto, a cama está montada e pronta pra usar. Não precisa parafusar, não precisa colocar estrado, não precisa de nada disso. No máximo, colocar os pés na caixa. Também há modelos que são mais do que uma caixa, são um baú: a parte de cima da caixa abre com pistões e você pode simplesmente tacar tudo lá dentro e fechar. Literalmente dormir em cima da bagunça.
Mas no sábado passado eu descobri mais uma vantagem de uma cama box: como não tem madeiramento pra montar, não tem madeira na lateral da cama. Não tendo madeira na lateral da cama, não tem um “degrau” entre o colchão e o espaço correspondente à altura entre a cama e o chão. Não tendo esse degrau, não existe a possibilidade de bater o dedinho bem naquela madeira quando se vai descer da cama a ponto de ouvir um “crack”, sentir uma dor aguda e observar seu dedinho do pé direito inchar na hora e ficar roxo em poucas horas.
Spoiler: minha cama não é do tipo box.
Uma da manhã do domingo, estávamos eu e o conjo no PS porque eu tava com uma jabuticaba se formando no lugar onde outrora se encontrava meu pobre dedinho. Uma consulta e algumas radiografias ampliadas depois, o médico achou a fratura na quinta falange distal do pé direito, mais precisamente na base da falange.
– Quebrou mesmo então?
– Quebrou, bem aqui, ó.
Não vou colocar aqui a imagem, mas a radiografia foi ampliada em 300% pra ver a danada da fratura. Minúscula. Aquela porcariazinha de fratura tava causando no meu dedo. A primeira fratura óssea que esta que vos fala sofreu na vida é uma tão pequena, mas tão pequena, que só dava pra saber que tava lá porque o meu dedo começou a ficar roxo…
Duas injeções, mais um rolê de cadeira de rodas e dez minutos esperando Uber depois, voltei pra casa com o dedo imobilizado (uma técnica chamada esparadrapagem, porque fratura de dedinho não tem como engessar) e uma previsão de no mínimo duas semanas com esse cacareco no pé.
Eu não sei o que é mais cômico: eu andando num pé só, eu andando com um andador, eu tentando pisar de chinelo ou eu rindo de tudo isso depois do tanto que dor que eu senti…