Hoje eu sonhei com o meu avô.
A título de contexto, meu avô materno, seu Alceu, faleceu há três anos. De todas as vezes em que meu coração se partiu, essa foi a mais dolorida e a mais duradoura. Eu sempre fui muito apegada a ele, e ele a mim, e me despedir dele foi uma das coisas mais difíceis que eu já tive que fazer na minha vida.
O sonho de hoje foi estranho – como todos os meus sonhos são – porque estávamos num lugar em que nunca estaríamos, numa situação que nunca seria possível acontecer. Apenas um dos fatos do sonho era verdadeiro: fui eu que o levei ao hospital pela última vez. E foi assim que aconteceu no sonho: ali estava eu, deixando-o sob cuidados médicos, depois de algumas interações que me lembraram o quanto ele confiava em mim e em um lugar que me lembrou o quanto o mundo era bonito quando ele estava por perto.
E se as lágrimas me vêm enquanto lembro do sonho, é de pura saudade. Naquele dia 02 de fevereiro de 2019 meu mundo ficou um pouco mais sombrio, já que uma das luzes da minha vida partiu da Terra para brilhar no céu. E mesmo que eu ainda não tenha me recuperado deste baque – e acho que nunca me recuperarei de verdade -, interagir com o seu Alceu por meio do meu subconsciente me deixou um pouco mais feliz hoje. Ele ainda está em mim, e sempre estará.