Toda vez que eu saio no sol eu ganho uma cefaleia. Ou seja, eu ia sair de casa antes do almoço e ia voltar querendo jantar uma dipirona. Mas havia muitos pokémons a serem pegos, não dava pra ficar em casa. Então, bora pro Ibirapuera caçar bichinhos imaginários.
O spoiler é: peguei muitos pokémons e tô com dor de cabeça até agora.
A Niantic, produtora do Pokémon GO, muito sabiamente elegeu o Parque do Ibirapuera como uma espécie de central de eventos comunitários do jogo. Segundo o Alan, aka o Conjo, os eventos sempre começam na Oca, local onde a Niantic espalhou nhenhentas pokestops promocionais e alguns ginásios. Aquilo é o paraíso do jogo em realidade aumentada que come tanto a banda de Internet quanto a bateria do celular dos mestres pokémons. E eu achei interessante a estratégia. O jogo é um fenômeno desde que foi lançado – apesar de eu achar que vários jogadores desistiram durante a pandemia, mesmo com atualizações que permitiam ao jogador continuar ativo sem sair de casa – e estimula o trabalho em equipe quando uma raid de cinco estrelas ou de um pokémon megaevoluído aparece, porque esses bichos são uma desgraça de fortes.
Anyway, ontem era dia comunitário de Zigzagoon de Galar e ao mesmo tempo dia de evento de captura de pokémons do tipo inseto. Fomos, eu e o Alan, rumo ao parque, pra andar – uma das mecânicas é contar os passos do jogador e, mediante determinada distância, ovos de pokémon chocam e um pokémon novo aparece na mochila – e caçar bichinhos.

O Genesect, na foto acima, é um pokémon lendário que aparece em raids de cinco estrelas. Os outros são o Wurmple (o vermelho), Combee macho e fêmea (as colmeias), Weedle (o bege) e Caterpie (o verde), que apareciam em photobombs quando se tirava uma foto de qualquer pokémon. Todo mundo aí é do tipo inseto.

Esses guaxinins roqueiros aí em cima são os Zigzagoons de Galar. Eles brotavam em qualquer lugar, foi uma loucura.
E essa foi a desculpa pra passar o dia andando no Ibirapuera. Fazia muito, muito, muito tempo que eu não passava um sábado inteiro em um parque. Segundo o app do jogo, nós andamos uns 5 km, e isso só a pé, porque também andamos de “bicicleta pra família”, ou triciclo, como queiram.
O único revés é que andar + sol = cefaleia na Lise. À noite ela apareceu e ainda não passou. Mas estou testando os motivos; da última vez eu cometi a insanidade de subir uma ladeira a pé em ritmo acelerado no sol do meio-dia. Ontem eu tomei até água de coco, e aparentemente a cefaleia veio mais leve. Da próxima vez vou levar meu galão com capacidade de quase dois litros na mochila.
Para dúvidas acerca do jogo, dos pokémons ou do fato de dois adultos estarem caçando bichos imaginários, deixe um comentário logo aí embaixo.